Karl Marx no seu escritório em 1875, pintura de Zhang Wun
Por ocasião do Bicentenário do nosso Professor Karl Marx, titã do proletariado, reproduzimos o texto do Núcleo de Estudos do Marxismos-Leninismo-Maoismo publicado na edição de número 203 do Jornal A Nova Democracia.
BICENTENÁRIO DE UM GIGANTE DO PROLETARIADO MUNDIAL
Nascido em 1818 na cidade de Trevis, Alemanha, o genial pensador e dirigente do proletariado internacional Karl Heinrich Marx foi o fundador do comunismo científico, artífice da tática e da estratégia revolucionária do proletariado.
Sua obra rigorosamente científica demonstrou de modo irrefutável a inevitabilidade da substituição do capitalismo pelo comunismo, e que tal transformação seria obra do proletariado, guiado por seu partido revolucionário, que por meio da sua emancipação política (a conquista do Poder e estabelecimento da Ditadura do Proletariado como etapa de transição, o socialismo) conduziria à emancipação da Humanidade, à sociedade comunista.
Marx estabeleceu o materialismo dialético histórico, reconhecido por seu inseparável camarada de armas, Friedrich Engels, como marxismo. Sobre a luta pela direção desta ciência no movimento operário, o próprio Engels reconheceu a condição de chefatura de Marx. Teoria como a arma com a qual o proletariado organizado em seu destacamento de vanguarda poderá promover a “derrubada violenta de toda a ordem social existente” e edificar a sociedade sem classes, sem a exploração do homem pelo homem: o comunismo.
Assim, desde seus fundamentos, o marxismo afirmou a necessidade da organização do proletariado em um partido diferente de todos os que haviam surgido até então na história; a necessidade da violência revolucionária como o método para a revolução e da aliança com as demais classes oprimidas, tudo sob a direção absoluta desse partido revolucionário proletário.
Em 1844, Marx conheceu Friedrich Engels, de quem recebeu inestimável suporte para erigir sua monumental obra e a quem une esforços no trabalho conjunto que carrega o indelével selo internacionalista.
Foi assim que, afrontando todo o tipo de dificuldades, em meio à luta cerrada contra as diversas doutrinas do socialismo pequeno-burguês e não-proletário, Karl Marx e Friedrich Engels deram à luz a ciência do proletariado, teoria e a tática do socialismo proletáriorevolucionário.
É através do Manifesto do Partido Comunista, obra de Marx e Engels publicada em 1848, que o movimento comunista internacional recebeu sua certidão de nascimento. Júbilo para o proletariado internacional que, a partir deste momento, passou a contar com uma missão, um programa, meios e tarefas comuns definidas para enfrentar seus inimigos de classe. A partir de então uma consigna começou a correr cidades, planícies e mares: Proletários de todos os países, uni-vos! Voou sem ter asas e retumbou no continente europeu atravessando oceanos. Hoje, o timbre de seu eco é escutado firme e forte em todos os rincões do mundo.
A ideia fundamental e íntima concebida no Manifesto – de que o proletariado, classe explorada e oprimida, não pode emancipar-se da classe que o explora e oprime sem emancipar, ao mesmo tempo e para sempre, toda a sociedade da exploração, da opressão e da luta de classes – pertence única e exclusivamente a Marx, tal como afirmou Engels em 1883.
Esta ideologia científica é o marxismo, todo-poderosa porque verdadeira.